quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Inovação pela Atitude


           Se há uma unanimidade na cultura do mundo corporativo atual, esta é a de que a inovação é a chave para o destaque em qualquer ramo, em qualquer negócio. De fato. Em um momento em que a informação é algo de facílimo acesso, o mundo não tem mais segredos. Não tendo segredos, saber dos preços, particularidades e métodos da concorrência é algo banal. Indo ao Google, em quinze minutos se tem gratuitamente o mapa de toda a sua concorrência com seus mínimos detalhes em tempo real! Assim sendo, no instante exato em que todos sabem ou podem saber “tudo”, cria-se uma rede que favorece o fenômeno da equiparação: muito fácil fica equiparar seu negócio ao negócio da concorrência, e com condições idênticas a guerra passa a ser pelo menor preço. E sempre – inevitavelmente sempre, sempre – vai haver um concorrente capaz de cobrar menos que você!
      Colocado este “dramático” cenário (que pode ser produtivo e favorável, se soubermos lidar com ele), percebemos que a única solução para podermos nos destacar, garantir nossa fatia de mercado, ampliar essa fatia e sustentar margens de lucro superiores é através dainovação. Aqui começa o nosso raciocínio: e quem é responsável pela produção da inovação dentro do nosso negócio?
         É preciso que todos tenhamos a certeza de que a inovação não é apenas uma política industrial. Ela não é apenas para produtos ou serviços. Ela não deve ser apenas um objetivo dos profissionais de marketing. A inovação é um atributo. Um atributo pessoal. E que deve nortear as atitudes de todos – absolutamente todos os profissionais que estiverem ligados ao nosso negócio. Em resumo: “inovação” não é só para produto ou serviço. Inovação deve ser característica de comportamento!
          É simples perceber quando uma atitude é inovadora: quando ela não é usual, e quando ela, por estar fora da média, resulta em algo produtivo. Alguns exemplos bastante simples: não fechar o semblante quando o cliente diz não, e vai embora. (Quando o profissional de atendimento não esboça mágoa, rancor e ressentimento ao ouvir o não do cliente, ele mantém as portas abertas para uma eventual próxima visita. Nunca voltamos à loja de alguém que nos fechou a cara porque provamos e não levamos. E se o normal é fechar a cara, não feche!)
          Se a prática normal e comum é não responder a e-mails, responda! Se o hábito  normal é não olhar nos olhos, olhe! O indivíduo pode ser o contador da empresa. Se este indivíduo tiver “ações habituais inovadoras”, a sua possibilidade de crescimento e reconhecimento é muito maior. Todos sabemos o que temos que fazer para causarmos boa impressão e alcançarmos resultados expressivos. Sabemos que isso custa um pouco mais de esforço. A questão é assumir o sacrifício e fazer.
         Ações habituais inovadoras: algo que está ao alcance de todos. Contagie sua equipe, espalhe essa ideia! Ah sim: comece por você.


* Palestrante Eduardo Peres – Palestrante, mágico e humorista, especialista em vendas, liderança e motivação de equipes para resultados. Foi Campeão Mundial de Mágica em 2000.