quarta-feira, 18 de abril de 2012

Do Escritório ao Teatro

     Este momento atual do mundo dos negócios nos sugere uma caminhada inusitada: sairmos do escritório e irmos ao teatro.
        Refiro-me à performance dos profissionais de nossas empresas. Ao quadro de nossos colaboradores. Ao desempenho de nossa equipe: quanto mais artistas e menos burocratas fores eles, maiores serão os nossos resultados.
        Vivemos um momento de concorrência absoluta. A cada nova temporada que se inicia, novos concorrentes entram no jogo, sem que muitas vezes sequer fiquemos sabendo. Produtos, serviços e preços são cada vez mais parecidos. “Diferenciais” verdadeiramente relevantes são cada vez mais raros, na era da informação instantânea e do “benchmarking” – o plágio vestido de ética. Qual a solução portanto para vendermos mais? Como vender mais tendo produtos e serviços parecidos? Como vender mais tendo preços dramaticamente parecidos ou mesmo um pouco mais altos? Restou apenas uma única saída: ter as melhores pessoas.
        Ter profissionais suficientemente treinados e motivados (o que é naturalmente básico), mas mais do que isso: ter profissionais suficientemente sensíveis e sensitivos para decifrar os reais desejos dos clientes e oferecer a eles não um produto ou serviço “enlatado” (igual para todos), mas um produto ou serviço que represente a real solução de seus problemas, ou melhor: a melhor solução para a satisfação de suas demandas e expectativas. Temos que preparar nossas equipes para a adequação a este discurso, para a realização diária desta prática.
        Como conseguir profissionais assim? Como conseguir esta equipe “artisticamente treinada”?Como formar profissionais com este potencial sensitivo, capaz de decifrar através de métodos subjetivos os reais desejos dos clientes para melhor atendê-los em comparação com a concorrência?
        Saindo do escritório e indo para o teatro! Uma caminhada (transformação de postura) que envolve um número muito grande de fatores, que necessitam minucioso treinamento específico. Em suma, o objetivo é transformar “robozinhos” em seres interpretativos, humanos, presentes “de corpo e alma” em frente a cada diferente cliente. “Artistas” no sentido pleno: interpretando seu papel (de atender) com a alegria de quem serve ao outro pelo prazer em servir.
        Moral da história: servindo ao cliente demonstrando real interesse e prazer em servir, conhecimento técnico de seu negócio e sensibilidade para compreender sua real demanda, sem a preocupação (aparente e desesperada) em vender... Você vende!
* Palestrante Eduardo Peres – Palestrante, mágico e humorista, especialista em vendas, liderança e motivação de equipes para resultados. Foi Campeão Mundial de Mágica em 2000.